segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

QUEM QUER SABER DA VERDADE?

É comum ouvirmos as pessoas dizerem que gostam da verdade, que amam a verdade, e que a verdade deve ser dita, doa a quem doer. Principalmente os religiosos, membros de denominações, gostam desse refrão. Doa a quem doer menos neles próprios.
Gostar da verdade, amar a verdade, é uma questão muito relativa na maioria das pessoas. Quando a verdade tende a abalar suas acariciadas convicções, suas amadas posições na comunidade religiosa, a fazer alguém descer do pedestal em que se encontra, e colocar-se novamente na condição de humilde aprendiz, essa verdade torna-se desinteressante e incomoda.
O que é admirável, espantoso e contraditório – paradoxal mesmo – são pessoas que se dizem defensoras da verdade, que se proclamam possuidoras da verdade com tanta convicção, e, como acreditam, “em cujas bocas não se acham engano”, preferirem fechar os olhos, julgar e condenar sem conhecimento de causa, por medo da verdade.
Sim, medo da verdade, covardia pura e simples. Escudam-se atrás de “princípios” inventados, e, como os fariseus nos dias de Cristo, dizem: “Nós temos uma lei, e segundo esta lei ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus”. – João 19:7.
A verdade causa tribulação? Provoca mudanças de antigas e arraigadas convicções? Faz com que aquele que a abrace e defenda perca sua posição na comunidade religiosa à qual pertence? Então ela não interessa. Precisa ser combatida. É perigosa. E, por todos os meios, essa verdade é denunciada como uma mentira. Os membros são alertados: “não ouçam, não deem atenção, é arte do diabo”. E cerceiam a liberdade daqueles que, nos seus legítimos direitos, autorizados pelas Sagradas Escrituras: “Examinai tudo. Retende o bem” (1 Tes. 5:21), poderiam libertar-se dos enganos da doutrina imposta.
Numa determinada comunidade religiosa certa senhora se destacava pelas suas ações piedosas. Exercia a beneficência com doações de vultosos valores, alimento, vestuário, medicamento, etc. Declarava que as doações vinham dos recursos que Deus lhe proporcionava, e por isso era venerada como a pessoa mais abnegada e altruísta da igreja, uma irmã digna de ser imitada e respeitada como uma verdadeira serva de Deus. A beneficência praticada por ela estimulava outros a fazerem o mesmo, e a igreja crescia em número de membros e prosperava. Todos olhavam para ela com reverência, consideravam-na uma santa. Admiravam-se de como ela era abençoada, como Deus aumentava tanto, de uma forma milagrosa, os seus recursos para ela doar aos pobres. Certo dia, por uma providência divina, um membro descobriu algo que ninguém sabia, ou se sabia nunca tinha revelado. Aquela irmã fazia as doações com aquilo que recebia de outras pessoas. Ela era muito dedicada em procurar pessoas ricas da redondeza e pedir para dar aos pobres em nome da igreja a qual pertencia. Porém, aos fazer as doações nunca mencionava os nomes dos verdadeiros benfeitores. Ela afirmava que tudo vinha dos seus próprios recursos que Deus lhe tinha dado. Era uma mentira. O membro ao descobrir isso ficou chocado. Falou com outros membros, a notícia foi se espalhando, chegando até a direção da igreja. Ele foi chamado para dar esclarecimentos, e ao expor a verdade descoberta, foi execrado e expulso da igreja.
QUEM QUER SABER DA VERDADE!

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